segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Estilo Afro- Clara Nunes ou Beth Carvalho ?


Polêmica: No ventilador Beth Carvalho acusa Clara Nunes de plágio em livro e Alcione entra na conversa para defender originalidade da amiga já falecida
Rio - Alcione estava engasgada por seis meses e resolveu desabafar tudo no ‘Sem Censura’, que foi ao ar na última quarta-feira.

"Ô Beth Carvalho, tá na hora de você usar uma pulserinha de desconfiômetro, pois não é verdade o que você declara no livro, de que a Clara se apoderou do estilo que foi criado para você...

Eu estava lá, acompanhei tudo isto, e Clara já usava este visual muito antes de você”, disse a Marrom olhando para a câmera, numa crítica à declaração de Beth Carvalho no livro ‘Clara Nunes, Guerreira da Utopia’, de Vagner Fernandes.
“Quando coloquei isso no livro não foi para criar polêmica.

Já sabia que Beth e Clara tinham divergências, e ela fala isso na entrevista”, justifica o autor, que vai lançar sua obra no próximo sábado na feijoada da Portela, escola de coração de Clara.
A entrevista está na página 125 e traz Beth falando: “A estilista Zuzu Angel fez o figurino e o cabeleireiro Silvinho deu a idéia do cabelo ruivo para mim”.

A cantora prossegue contando que o desafeto entre as duas começou nos bastidores do Teatro Opinião, na década de 70. Numa noite, Clara teria chegado alterada e disparado: “Você foi falar mal de mim para a Elizabeth”, referindo-se à cantora da Jovem Guarda, que havia viajado com Beth no avião.
Beth Carvalho se defendeu dizendo que era intriga da outra, mas foi o suficiente para a discussão começar. Clara acusava Beth de ter copiado até as palmas em seu disco.

Beth acusava Clara de ter roubado seu estilo afro-brasileiro no figurino e cabelos ruivos.
“Depois de muito tempo as duas se respeitavam, mas nunca foram amigas.

Sempre que Beth aparecia, Clara puxava o samba ‘Verdade Aparente’, de Gisa Nogueira”, afirma Vagner.
Para piorar, Beth, que cantava em festivais e se consagrou com músicas como ‘Andança’, queria cantar samba. “A gravadora Odeon apostou em Clara Nunes para cantar samba e não atendeu ao pedido de Beth”, conta o autor.
A briga parece ter sido retomada por Alcione.

“Ela era super-amiga da Clara.

A Alcione é viceral, não leva desaforo para casa”, afirma a apresentadora Lêda Nagle.
Em turnê por Brasília e São Paulo, Beth Carvalho não retornou as ligações para comentar a desavença.
Ex-marido diz que Clara veio antes
O estilo afro-brasileiro de Clara Nunes apareceu em seu primeiro disco, um compacto com o samba-enredo ‘O Misticismo da África ao Brasil’, da Império da Tijuca, do Morro da Formiga.

O produtor foi Adelzon Alves, que mais tarde tornou-se marido da cantora.
“Se você ler a contracapa do primeiro disco da Clara vai ver que a idéia do estilo afro-brasileiro foi minha e está lá. Ela foi inspirada na Carmem Miranda e aprovada pelo diretor da Odeon, Milton Miranda. Deu certo e é normal que todo mundo queira ser o pai de um filho bonito”, afirma Adelzon. “A Beth percebeu que o estilo de Clara dava certo”, acrescenta o produtor.
Para Adelzon, que foi produtor e marido de Clara Nunes durante cinco anos, a cantora foi realmente a pioneira nesse estilo.

“Eu disse que só assumia o trabalho se ela tivesse uma carreira planejada. E tinha que ser uma carreira que tivesse como base a imagem afro-brasileirada Carmen Miranda”, explica o produtor.


Matéria Jornalista:
Fonte:
5/10/2007 01:04:00

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